Histórico

O Programa de Pós-Graduação em Engenharia Civil: Estruturas e Construção Civil (PEC) está vinculado ao Departamento de Engenharia Estrutural e Construção Civil (DEECC) do Centro de Tecnologia da Universidade Federal do Ceará (CT). Este departamento, criado em 1966, tem contribuído para a formação de engenheiros civis no Estado do Ceará ao longo de mais de 60 anos de existência.
O grupo de pesquisadores do DEECC, isoladamente ou em conjunto com grupos de pesquisa da UFC, bem como de outras universidades, gradualmente desenvolveu projetos de pesquisas financiados por agências de fomento, empresas e órgãos públicos. Os recursos obtidos nesses projetos possibilitaram a montagem da infraestrutura necessária para o início do desenvolvimento de atividades de pesquisa e ensino de pós-graduação em Engenharia Civil.

Paralelamente ao crescimento das atividades de pesquisa, os docentes acumularam experiência na orientação de bolsistas de Iniciação Científica e de alunos em Projeto de Graduação, capacitando-os para atuar na pós-graduação, além da experiência alcançada pelo corpo docente na organização de cursos de pós-graduação lato sensu. Em decorrência, foi elaborada a proposta inicial de criação do Programa de Pós-Graduação em Engenharia Civil: Estruturas e Construção Civil, em nível de mestrado. Essa proposta foi aprovada pela Capes em 2007 e as atividades letivas do curso de mestrado tiveram início em fevereiro de 2008. O PEC teve como objetivo inicial consolidar e ampliar as atividades de pesquisa e formação de recursos humanos, especificamente nas áreas de Construção Civil e Estruturas.

O Programa recebeu Conceito 3 na avaliação trienal 2010-2012 e esse mesmo conceito foi mantido na avaliação quadrienal 2013-2016. No quadriênio 2017-2020, o programa empreendeu diversas iniciativas com o objetivo de sanar os problemas identificados e melhorar seus índices de produção, notadamente no quesito produção bibliográfica em periódicos de alto impacto. A expectativa de evolução no quadriênio 2017-2020 foi confirmada pelo novo conceito CAPES, emitido em 2022, que confirmou a nota 4 com evolução em praticamente todos os quesitos. Os números já disponíveis para os três primeiros anos do quadriênio 2021-2024 são auspiciosos para a manutenção ou elevação da nota. Esta nova classificação permitiu ao grupo pleitear o almejado crescimento vertical através de Proposta de Doutorado, na certeza de já ter atingido a maturidade suficiente para esta iniciativa, com base não apenas no quadriênio, mas principalmente com os dados já disponíveis para 2021-2023. Estes dados apontam para uma evolução condizente com os esforços empreendidos nas últimas gestões, em termos de produção científica qualificada, inovação, maturidade acadêmica, internacionalização e inserção social. A proposta foi submetida via APCN em janeiro de 2023.

Desde a sua criação, o PEC tem ampliado suas atividades de ensino e pesquisa, expandido sua visibilidade e aumentado a sua produção científica e técnica. Considera-se que o Programa está consolidado, dispondo de uma ótima infraestrutura e um corpo docente com experiência de orientação. Até o final de 2023, o Programa registrou um total de 170 dissertações defendidas. No quadriênio de 2017-2020 foram 64 dissertações defendidas, e nos anos de 2021, 2022, e 2023, 14, 13 e 14 dissertações respectivamente, mesmo com todos os problemas gerados pela pandemia de COVID-19, principalmente a elevada evasão.

Hoje o PEC é o único programa de pós-graduação stricto sensu nas áreas de Construção Civil e Estruturas na macrorregião que inclui além do Ceará, os Estados do Piauí, Maranhão e Rio Grande do Norte, e se consolidou como um polo de atração regional de candidatos ao curso de Pós-Graduação nestas áreas. 

Informações gerais

O PEC se organiza em duas áreas de concentração: Estruturas e Construção Civil, cada uma com duas linhas de pesquisa. As linhas de pesquisa em Comportamento e Projeto de Estruturas e Mecânica Computacional integram a área de Estruturas, enquanto a área de Construção Civil tem as linhas de pesquisa Gerenciamento de Empresas e Empreendimentos e Tecnologia de Materiais e Sistemas Construtivos.

No final do Quadriênio 2017-2020, o corpo docente do Programa de Mestrado passou a ser composto por 12 docentes permanentes, sendo 5 da área em Estruturas e 7 na área de Construção Civil, todos com doutorado nas áreas de concentração do programa. Esta ampliação ocorreu em 2019 e o PEC encerrou o ano de 2021 com 12 professores permanentes. Em 2023, houve a incorporação de novos docentes. Atualmente, são 8 professores na área de Estruturas (7 permanentes) e 7 professores na área de Construção Civil (7 permanentes).

O Programa conta com uma ótima infraestrutura para suas atividades administrativas, didáticas e de pesquisa, em uma área com aproximadamente 1500 m2. Essas instalações incluem 21 gabinetes individuais para professores/pesquisadores; uma sala para a Secretaria do Programa; duas salas de aula exclusivas; uma sala de estudo exclusiva; um laboratório de informática e três salas de grupos de pesquisa. Além do corpo docente, o Programa conta com servidores técnico-administrativos, sendo uma secretária (exclusiva do Programa) e dois técnicos de laboratório, todos servidores públicos da UFC. Quatro laboratórios são vinculados diretamente ao Programa.

O Programa conta atualmente com 4 bolsistas CNPQ, sendo 3 (três) bolsistas de produtividade em pesquisa (PQ) de nível 2 CNPq (Evandro Parente Junior, João Batista Marques de Sousa Junior e Lucas Feitosa de Albuquerque Lima Babadopulos) e 1 (um) com Bolsa de Produtividade em Desenvolvimento Tecnológico e Extensão Inovadora – DT do CNPq (Antônio Eduardo Bezerra Cabral). Além disso, a JDP Heloina Nogueira da Costa é Bolsista de Desenvolvimento Tecnológico Industrial do CNPq - Nível B. Esse resultado é significativo pois quatro professores são bolsistas de produtividade, representando cerca de 30% do corpo docente permanente do Programa, um índice considerado alto e compatível com Programas com Mestrado e Doutorado. Em relação ao impacto dos docentes do PEC é importante salientar os valores de índice h (Web of Science) de alguns pesquisadores como Evandro Parente Jr. (12), João Batista Marques de Sousa Jr. (12), Lucas Feitosa de de Albuquerque Lima Babadopulos (12), Antônio Eduardo Bezerra Cabral (7), evidenciando um bom impacto internacional dos pesquisadores do PEC.

A pandemia de COVID-19 tornou os anos de 2020 e 2021 atípicos para todo o setor de educação superior no mundo, e os impactos sobre a pós-graduação ainda se fazem sentir. Nestes dois anos, as disciplinas foram lecionadas de forma remota, e o contato pessoal entre alunos e orientadores também. A evasão de estudantes foi bem superior aos anos anteriores, e os calendários foram readaptados, com aumento de prazo concedido pela Pró-Reitoria de Pós-Graduação a todos os discentes matriculados no período. Ainda assim o PEC manteve índices elevados de produtividade, reforçando o compromisso do corpo docente com a qualidade da pesquisa e atestando a vocação do grupo para o crescimento vertical através de uma proposta de Doutorado. Um indicador a atestar é a publicação em periódicos, que nos anos de 2021 e 2022 foi de 21 publicações para cada um, e para 2023 essa produção passou de 30 artigos. 

Tradicionalmente a seleção de novos alunos é feita com base em análise de currículo e histórico escolar. A Comissão de Seleção é responsável pela elaboração dos critérios e pelo processo seletivo, que normalmente é realizado anualmente no segundo semestre. Não menos importante, o Programa passará a adotar em seus processos seletivos a partir de 2024 a política de ações afirmativas recém aprovada pela UFC, com a reserva de vagas para candidatos negros, indígenas, quilombolas e portadores de deficiência, com o mínimo de 30%, conforme a Resolução CEPE (Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão) 10, de 11 de julho de 2023.

O planejamento para os próximos 5 anos deve focar na consecução dos objetivos de excelência acadêmica, e para isso deve ser continuamente revisto e atualizado através de ferramentas de acompanhamento previstas em regimento do curso. Neste processo é fundamental o papel da autoavaliação contínua, associada a uma política robusta e contínua de credenciamento de docentes, e a existência de mecanismos para corrigir rumos, aprimorar a produtividade e reforçar o compromisso do corpo docente e discente com a excelência acadêmica.